02 dezembro 2012

A Santa Catarina que não é revelada !

Santa Catarina: Terra Sem lei.

Bem distante do que se propala pelo país à fora, a corrupção livre e a incompetência desmedida que campeia pelo território catarinense está se sobrepondo à massificação de publicidade mentirosa que por longa data é amplamente divulgada.

Levas e levas de migrantes principalmente do sudeste brasileiro e imigrantes oriundos na maioria do cone sul, está há anos invadindo o Estado endossados pela boa fama de sua cultura e patamar impar na qualidade de vida. Como a mentira tem perna curta, está se decepcionando com a propaganda enganosa, que revela um lugar  pobre, castigado por intempéries  cruéis constantes e sem qualquer poder de reação as adversidades, face a corrupção escandalosa de suas altas, médias e pequenas autoridades espalhadas pelos municípios e principalmente pelo despreparo para a modernização e atualização diante das radicais mudanças decorrentes da globalização.

A estupidez da brutalidade inerente a um povo que tem a personalidade inferiorizada, como se denota nas mínimas atitudes isoladas ou coletivas, não superam ou disfarçam a arrogância e a soberba, não menos estúpida que  se revela igualmente de modo individual ou coletivo.

A sociedade catarinense, de espírito militar e autoritário, como se percebe por todo o território estadual, revela essa prepotência inerente à própria cultura através de expressões peculiares já extirpadas do seio social mais adiantado, como anualmente aplaudem e incentivam a Farra do boi, comemorada em Abril pelo seu litoral.

Um Estado pauperizado, com  pequenas e isoladas cidades minimamente habitadas que dependem de ajuda federal e estadual para sobrevivência urbana.

O Estado, à semelhança de outros afamados, ainda mantém, como sempre manteve, lideranças que há séculos se sucedem no comando político, impondo suas vontades, por controlar a economia e os Poderes Constituídos, como seus antepassados assim agiram à época da Colônia, do Império, da 1ª. República, da ditadura Vargas que ainda é venerada, da grosseira ditadura militar e atualmente, sem qualquer constrangimento.

De pai para filho o povo catarinense inocente vem elegendo os mesmos capitães, coronéis e mandas chuvas que dominam seu território.

A lei é para os outros. Não se cumpre lei. Os amigos do rei estão acima da lei em Santa Catarina, a ponto de ser publicado amplamente que determinado empreendimento imobiliário, que estava com dificuldades legais para ser aprovado pelo órgão ambiental federal – IBAMA será agora aprovado, pois a competência foi julgada ser do Estado, ou seja, FATMA, quando a imposição legal é a mesma, com as obrigações permanentes.

Não é a lei que muda, outrossim, quem a fiscaliza e a faz cumprir. Essa é a regra catarinense que se aplica sempre, ora para beneficiar amigos ou prejudicar migrantes ou adversários.

A corrupção corre solta.

As recentes investidas dos bandidos que estão aterrorizando a sociedade catarinense revelam quanto despreparadas se encontram os responsáveis pela segurança pública.

Há todo um descontrole e a precariedade da polícia catarinense para enfrentar o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), organização criminosa que domina dos presídios, a bandidagem que age, principalmente, na região metropolitana da grande Florianópolis.

Merece lembrar que o Estado, com seis milhões de habitantes, não se compara às dificuldades que o carioca ou o paulista enfrenta para administrar situação semelhante provocada pelo crime organizado, pois lá são respectivamente, quase 20 milhões no Rio de Janeiro e 42 milhões em São Paulo de pessoas que habitam, em território bem maior que os 90 mil quilômetros quadrados de Santa Catarina.

Quem se ater a análise profunda e isenta do que ocorre com a segurança, com a saúde, com a educação e até com a organização Judiciária e Legislativa do Estado, perceberá que aflora ainda um provincianismo histórico, de quando há 50 anos passados, todo seu território era apenas a passagem entre o Brasil e o sul.... Nada mudou e faltam estruturas físicas e visões de seus filhos e administradores ainda tacanhos nos seus propósitos.

Autoridades vinculadas a acordos políticos assumem cargos que não se encontram preparados para tanto, como na Segurança Pública, cuja missão principal é dotar o cidadão de segurança. Secretaria que tem nos seus quadros a missão de organizar e comandar as forças policiais locais, que se apresentam totalmente desaparelhadas e sem qualquer harmonia evidenciada entre policiais militares e civis, provocando situação de perplexidade a toda população, que se submete a caprichos de um ou de outro quando precisam se valer do Poder Público.

O comando geral da Policia Militar revela desconhecer e não ver o óbvio que é a atuação de organizações criminosas profissionalizadas. Organizações que estão se deslocando do eixo tradicional de suas atuações para Santa Catarina, pois perceberam o despreparo dos policiais, enquanto nas suas matrizes, as organizações policiais melhores equipadas e preparadas estão fechando condições e criando sérias dificuldades para suas atuações ilegais.

Observa-se também que a Secretaria da Justiça, que para  exibicionismo nacional, leva o nome pomposo de SECRETARIA DE JUSTIÇA E CIDADANIA, como se o nome permitisse se destacar, porém  com efeitos prosaicos e sem resultados práticos, notadamente na área de suas competências institucionais que tem entre outras, o sistema prisional local.

 O Estado não dispõe de um plano efetivo para o sistema prisional. Igualmente para os menores infratores. Apenas há busca de recursos federais para efetivação do nada, já que não há planos e planejamento adequado às exigências mínimas impostas pela legislação federal.

 E nesse passo longe da realidade, Santa Catarina tem falhas no sistema de saúde, com denuncias de irregularidades que causam pânico à população, com resultados negativos que se apresentam na apurçaõ do seu IDH.

 De um lado, os mais frágeis que dependem da saúde pública e de outro aos mais fortes, que se dirigem à São Paulo, Curitiba ou Porto Alegre para cuidar do bem estar próprio e de seus entes queridos.

A terra sem lei permanecerá desse modo por gerações, pois a Educação, num todo, é precária e ineficiente no território catarinense.
Em Santa Catarina as escolas desabam, caem e são fechadas. Os professores são tratados pela ordem policial, que ineficiente para prover a segurança social, age com rigor, contra manifestações democráticas da classe destes e outros trabalhadores, dos estudantes e por aí a fora...

 E para que não se exclua, mister lembrar que a Assembléia Legislativa, instalada no Palácio Barriga Verde em Florianópolis, tem nos seus quadros, o escândalo dos aposentados, que após quase 20 anos de silencio, veio à baila e agora revela o ninho de corrupção envolvendo a própria Assembléia, médicos e o IPESC... essa é a realidade.

 E o Judiciário. Basta lembrar que impedidos de aumentar proventos em razão do teto constitucional, seus integrantes instituíram ajuda moradia... e lembrar que ações judiciais demoram décadas para que tenham sentença em primeiro grau de jurisdição... e reviver a intervenção federal que impediu, anos atrás, que o concurso para magistratura fosse direcionado aos filhos da terra, quando impôs  questões referentes a história local com valores autos para dificultar o ingresso de gaúchos, paranaenses...

 E para concluir importante lembrar que a imprensa do Estado é gaucha. Está nas mãos do grupo RBS., de modo que  SC não tem voz própria, valendo-se da comunicação de empresa que explora a noticia...

 Enfim... o Estado de Santa Catarina é historicamente um lugar truculento, física, culturalmente e juridicamente, com acentuada valorização de comandos políticos tradicionais que não abandonam seus postos, mesmo com as mudanças sociais que o mundo e o país vem atravessando. Comandos que se sucedem entre os próprios descendentes e os eleitores não se apercebem que a situação será a mesma por longos e longos anos...

 Avaliem.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
Autor de Direito das Coisas, Leud.

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