06 novembro 2011

Arcebispo é condenado judicialmente por apoiar clamor social. -

Condenado a pagar R$ 940 mil, arcebispo lança carta ao judiciário
( fonte: Jornal do Comercio )

Em entrevista coletiva realizada na tarde de segunda-feira (31), o arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, lançou a carta "Judiciário invade jurisdição da Igreja", na qual faz críticas ao judiciário por conta de uma ação de danos morais pela qual foi condenado, juntamente com a Diocese de São João da Boa Vista, a pagar R$ 940 mil reais.
O processo decorre da década de 1990, quando dom Dadeus, atendendo ao pedido da população de Mogi Guaçu (SP), posicionou-se a favor de uma obra da prefeitura local. O entrave era um terreno. A família envolvida ingressou na justiça sentindo-se prejudicada e pedindo indenização em valor "dez vezes acima do normal". A Ação já chegou ao fim e definiu uma parte superior a R$ 500 mil a ser paga por dom Dadeus e o restante pela Diocese de São João da Boa Vista.
Ele classificou a decisão como uma "agressão", "arbitrária" e "impraticável". O arcebispo de Porto Alegre afirmou não ter recursos para pagar a soma definida pela justiça, ao mesmo tempo em que parafraseou São Gregório VII para definir sua postura diante do ocorrido: "porque amei a justiça e odiei a corrupção, fui condenado pelo judiciário brasileiro".
O arcebispo revela que "diante da gravidade do assunto" escreverá uma nova cartilha para apontar "as mazelas do Judiciário" e assim colaborar na sua "urgente reforma". "Ou o Brasil muda o Judiciário ou o Judiciário acaba corrompendo o Brasil", conclui. No texto, o arcebispo classifica o fato como mais um entre os tantos exemplos da "indústria das indenizações".
Ele ainda pede que a presidente Dilma Rousseff proceda com o judiciário da mesma forma com que trata os ministros acusados de corrupção.
"Se me quiserem prender - conforme o Advogado querelante há 14 anos preconizava, - estou às ordens. Só assim o mundo saberá quanto nosso Judiciário é corrupto e arbitrário", conclui dom Dadeus.

Fonte: Jornal do Comércio

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